Andorra 2010




Mais umas férias da Páscoa...mais uma aventura na neve.
Não consigo deixar de sentir o enorme prazer provocado por toda a adrenalina que este desporto de "risco" nos traz ano após ano. Só quem não sabe o que é esquiar pode pensar que alguém se possa fartar de gozar anualmente umas férias deste género, alegando por vezes que é sempre a mesma coisa e para os mesmos locais. Quanto ao ser sempre para o mesmo local, é muitas vezes por condicionamentos meramente económicos, porque o que não nos faltaria era vontade de conhecer todas as estâncias de ski que este mundo tem para nos oferecer! Quanto ao ser sempre a mesma coisa, não podiam estar mais enganados! Umas férias numa praia paradisíaca até podem ser sempre a mesma coisa, seja ela aqui ou na conchichina, já que normalmente ora estão nas palhinhas deitados ora nas palhinhas estendidos. Agora umas férias na neve? Sempre a mesma coisa? Nem pensar. A cada ano que passa o grau de loucura aumenta. Mas uma loucura boa, aquela que vem de conseguirmos ultrapassar novos desafios com juízo e consciência das nossas capacidades!
Este ano fomos "largados" pelos nossos fiéis companheiros da loucura, e partimos com duas novas esperanças cheias de expectativas que, apesar de alguns precalços, adoraram a aventura!
Os precalços podem sempre acontecer...ou não. Dependem do espírito, da confiança e da sorte. Mas com "maestros" de alta categoria tudo se supera! De roturas de ligamentos a quedas monumentais, tudo pode acontecer.
E foi assim que aconteceu...
De um Hotel Mágico pertinho da Telecabine de La Massana, onde uns Belgas doidos garantiam um aprés ski de loucos até às 500, partiamos todas as manhãs a caminhar feitos astronautas, para picar o ponto às 9:30h. Fomos brindados com céu azul e temperaturas amenas, com uns salpicos de flocos de neve e uma pitada de núvens à mistura. Neve q.b e calor demais em várias ocasiões que só nos dava vontade de esquiar de calções e manga curta, não fosse isto uma loucura acima da nossa saudável quota de loucuras.
Às 10h da matina, com aquecimento já feito, começavam as nossas aventuras com a Ester, que iam desde esquiar com um ski no chão e outro no ar a descer pistas pretas que nos faziam lembrar montanhas russas tamanhos eram os montes que tinhamos que subir e descer a cada viragem que fazíamos.
Apreciar o silêncio e a calma que se consegue sentir no cume de uma montanha coberta por um manto branco e partilhá-lo com o nosso mais que tudo é simplesmente mágico e verdadeiramente especial.
De teleféricos avariados que nos obrigam a descer o vale de Arinsal a todo o gás para apanhar um autocarro no qual ficou esquecida a célebre mochila, companheira de todas estas aventuras, a longas esperas de autocarros que teimam em não aparecer após um deleitoso relaxamento nas águas da Caldea.
Mais uma página no nosso livro de memórias...e que bela página!

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